2015,
ano novo, com retomada das ações pedagógicas trabalhadas até o presente
momento, férias para os docentes e alunos. E hora de parar, avaliar e refletir
o nosso percurso, enquanto equipe gestora.
Em janeiro revisitamos o Projeto
Político Pedagógico da Unidade Educacional e fizemos apontamentos do que é
necessário ser acrescentado, atualizado e melhor discutido com a equipe de
docentes, discentes e comunidade escolar.
Concordamos
que o documento precisa ser melhor compreendido por todos os membros e segmentos
da escola, principalmente da comunidade escolar, como pais e responsáveis dos
nossos alunos. Foram muitas mudanças, publicações de decretos, portarias que
reorganizam as nossas práticas no interior da escola e que necessitam de
conversas, interpretações e entendimento das pessoas envolvidas.
Ao
retomar o P.P.P., é necessário refletir a avaliação final da U.E., foram
apontados como facilitadores: Colaboração e orientação, por parte da Direção,
Coordenação, Colegas, Funcionários, ambiente e grupo da escola (incluindo os
serviços terceirizados de limpeza e cozinha, bem como a articulação com os
estagiários do CEFAI, Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão,
estagiários do Programa Ler e Escrever e A.V.E, Auxiliar de Vida Escolar), liberdade
para a execução do trabalho, discussões na JEIF, Recursos físicos,
Infraestrutura, materiais, apoio da Direção em casos de Indisciplina, trabalho
por meio de projetos.Os dificultadores elencados forma: número de alunos por sala(para
2015 a SME publicou uma portaria com a reorganização do número de alunos por
sala Portaria nº /2014), falta de interesse e participação dos alunos e da
família, frequência irregular dos Alunos, falta de materiais, livros, cadernos
de apoio, sulfite, SGP, Sistema de Gestão Pedagógica, como falta de conexão com
a internet, excesso de informações, o uso dostablets para inserir frequência e
resumo do conteúdo trabalhado, indisciplina, reformas na U.E,. E foi apontado
como sugestões: maior número de projetos/ atividades no Contra turno, maior
número de atividadesextracurriculares, auxílio de funcionários no controle da assiduidade
discente, maior cota de xerox, folhas de sulfite, materiais, projetos que
atendam ações de controle quanto a indisciplina, horários para planejamentos
coletivos dos professores que não participam do horário de formação, socialização
de boas práticas pedagógicas.
A
avaliação é importante, pois identifica indicadores das ações que estão sendo
consolidadas no interior da escola e proporciona um retrato das dificuldades
que temos que enfrentar no dia a dia. A Equipe Gestora proporcionou ao grupo de
docentes, alunos e pais, uma avaliação do percurso do processo ensino e
aprendizagem dos nossos alunos. Muitos professores apontaram como positivo a
Reorganização curricular do ensino municipal de São Paulo, apontaram como
facilitadores, a distribuição dos anos em três ciclos, a docência compartilhada
no ciclo interdisciplinar, o TCA, Trabalho Colaborativo de Autoria no Ciclo
Autoral e principalmente a possibilidade de reprovação no final do ciclo de
alfabetização e interdisciplinar e a reprovação nos três anos do ciclo autoral.
Os
pais confiam na escola e destacam o compromisso com o processo de ensino e
aprendizagem, destacando que os seus filhos aprendem e gostam de estar na
escola, principalmente dos projetos que a escola oferece fora do turno regular
de aulas. Quando questionados sobre a reprovação, os pais apontam que é
necessário e válido para que os filhos aprendam a ter responsabilidade.
A
Equipe Gestora avaliou como importante em realizar no início do ano letivo uma
reunião com os pais, para apresentar as ações desenvolvidas pela escola,
esclarecer regras de convívio, conversar sobre os objetivos e metas da U.E.,
convidar pais para a Assembléia e eleição do Conselho de Escola, foi relatado também
a importância de divulgar para a comunidade os planos de atendimento para uso
das verbas do PDDE/MEC FNDE Educação Integral e Escola Acessível, recursos que
foram creditados em nome da APM da EMEF Professora Claudia Bartolomazi, no
final de 2014.
A
Equipe Gestora avaliou que o P.P.P. está de acordo com as necessidades de
trabalho da escola, está conseguindo envolver os diferentes segmentos da escola
na tomada de decisões e conseguindo gerenciar as mudanças com a Reorganização
Curricular do Município de São Paulo.
A
opção escolhida para o Projeto de Intervenção em nossa U.E., foi a 3:
Planejamento, execução e avaliação de ações voltadas à solução de uma
problemática considerada relevante pela comunidade escolar.
Eixo
3: As práticas da Gestão Escolar no Planejamento Pedagógico e as práticas de
Avaliação Institucional e de Aprendizagem como constitutivos de uma prática
democrática na gestão escolar.
A
decisão foi tomada com base no que já foi exposto e apontado também como
necessidade por parte da equipe gestora, pois mesmo com pausas para diálogos,
mediações e intervenções sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento,
observamos que há contradições no processo de avaliação dos nossos alunos e
também da própria prática pedagógica.
Uma
das justificativas é o número de alunos que foram retidos em 2014, a reprovação
foi acompanhada pela coordenação e direção da U.E., os pais foram chamados e
foi dado ciência da situação do rendimento dos seus filhos e foi realizado
orientação para melhorar o acompanhamento do percurso da aprendizagem.
Nos
conselhos de classe realizados foi possível analisar diferentes práticas
avaliativas em uma mesma turma, dependendo do professor do componente
curricular que ministra e pouco envolvimento do aluno na ação da sua
aprendizagem e principalmente na condução da sua avaliação.
Nas
reuniões de organização da U.E., com os professores e funcionários foi
apresentado a avaliação da U.E., bem como o número de alunos reprovados por ano
e ciclo, foi necessário criar duas turmas, uma do 6º ano e outra do 9º para
atendimento dos alunos retidos, foi colocado também a necessidade da melhoria
dos nossos registros no SGP, principalmente no acompanhamento da frequencia dos
nossos alunos, na oferta da compensação de ausências, na elaboração do PDI,
plano de desenvolvimento individual para os alunos que possuem deficiência e
dificuldades de aprendizagem, na recuperação contínua, na justificativa do
encaminhamento para a Recuperação paralela, no destaque para a oferta de
atividades diversificadas avaliativas, no acompanhamento dos professores em
módulo de composição de jornada, no trabalho interdisciplinar na docência
compartilhada, nos encaminhamentos e orientação para o Trabalho colaborativo de
Autoria, entre outras ações.
Para
justificar o plano de intervenção no eixo 3, também foi apresentada a Portaria
6572/2014, que dispõe sobre a organização das Unidades de Educação Infantil, de
Ensino Fundamental, de Ensino Fundamental e Médio e dos Centros Educacionais
Unificados da Rede Municipal de Ensino, § 2º
- As necessidades e prioridades estabelecidas pela comunidade educacional,
expressas no Projeto PolíticoPedagógico deverão ser objeto de estudo dos
Projetos Especiais de Ação – PEAs, que definirão as ações a serem
desencadeadas, as responsabilidades pela sua execução e avaliação, priorizando
os temas de Alfabetização e Avaliação.
O Projeto
Especial de Ação – PEA, projeto de formação dos docentes e equipe gestora é “Direitos de Aprendizagem e Avaliação: A
avaliação como instrumento para a garantia dos direitos de aprendizagem”.Tem
como data de início 10/03/2015 e término em 02/12/2015, com 150 horas de estudo.
Pensar
em educação de qualidade é vincular esse processo educativo ao acompanhamento e
a avaliação. A qualidade social da educação proposta no Programa Mais Educação
São Paulo é aliada à garantia dos direitos de aprendizagens. Uma avaliação para
a aprendizagem deve garantir esses direitos.
O
Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar aponta uma concepção de
avaliação para a aprendizagem onde avaliar tem o sentido de apontar as
possibilidades, os avanços e as limitações que ocorreram durante o processo de
ensino aprendizagem e orientar a tomada de decisões, servindo como reorientador
das práticas pedagógicas.
A
partir da Nota Técnica 22 sobre a Avaliação para a Aprendizagem no Ensino
Fundamental do Programa Mais Educação São Paulo, considera-se que o processo
avaliativo envolve a obtenção de informações sobre a aprendizagem dos alunos,
sucedido por uma análise que envolve um juízo de valor e decisões sobre a
prática educativa. Objetiva garantir a aprendizagem do aluno mediante o
aprimoramento do trabalho escolar, envolvendo todos os participantes da ação
educativa em momentos individuais e coletivos.
Usar
a avaliação nessa perspectiva democrática só é possível se houver a superação
do caráter de terminalidade e medição de conteúdos aprendidos tão arraigados às
práticas escolares. É necessário que a avaliação seja interpretada de forma
dinâmica e não como um momento estático e linear na construção do conhecimento.
Mudar
e repensar práticas tão comuns à escola exige formação de toda a equipe
responsável pelas práticas educativas. Desta forma, propõe-se o tema de estudo
deste projeto de formação.
Referências Bibliográficas
Decreto 54.452/13 e
Portaria 5.930/13 – Programa de Reorganização Curricular e administrativa,
Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – “Mais
Educação São Paulo”.
Decreto nº 54.454 –
Fixa diretrizes gerais para a elaboração dos regimentos educacionais.
Portaria 5.941/13 – Diretrizes
para elaboração do Regimento Educacional.
Portaria 901/14 –
Dispõe sobre Projetos Especiais de Ação – P.E.A
CARVALHO, Lizete Maria Orquiza de; MARTINEZ, Carmem Lídia
Pires. Avaliação formativa: a
auto-avaliação do aluno e a autoformação de professores. Ciência & Educação (Bauru), p. 133-144, 2005.
HADDAD, Sérgio; GRACIANO, Mariângela. A educação entre os direitos
humanos. Autores Associados, 2006.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma relação dialógica na construção do conhecimento. Avaliação do rendimento escolar. São Paulo: FDE, p. 51-9, 1994.
Nota Técnica nº9. Avaliação dos Estudantes com Deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento
(TGD) e Altas Habilidades/ Superdotação, matriculados na Rede Municipal de Ensino
de São Paulo.
Nota Técnica 22 sobre a Avaliação
para a Aprendizagem no Ensino Fundamental, Incluindo a Modalidade Educação de
Jovens e Adultos e no Ensino Médio.
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